E eu aqui, pensando ser inédito, quem dera fosse! Nunca se é, sempre se tenta, mas é impossível. Todos nós pensamos coisas que parecem ser só nossas mas não são. O que pensamos é pensado por muitos exemplares de seres humanos... tudo isso porque somos uma coisa só, separados por diferenças mas iguais acima de tudo. Iguais na diferença (que clichê isso!)...
Falamos igual sobre angústias, sobre alegrias, sobre amor. Eu falo sobre amor. E amo, e choro, e me angustio, e quero me livrar disso tudo, e quero amar para sempre... O sentimento que mais nos prova que realmente estamos vivos (?)... Uma vez li um livro de introdução à Filosofia e em certo capítulo o autor questionava a real existência da realidade que nos cerca; dizia que tudo que vemos, sentimos, pode ser uma criação de nossa mente. O que existe realmente é só eu e todo o resto é pensamento, criação de mim mesmo. Talvez seja, quem pode me provar de verdade que não é isso? Estou sendo egoísta em dizer que só eu existo? Talvez acreditar nisso me dê mais coragem para não levar a vida tão a sério, para não achar que eu deva me portar de forma mais contida, de forma mais conveniente...
Então, por quê o amor? Por quê eu, afirmando minha existência solitária, criaria coisas para amar? O amor é altruísta demais: o amante pensa primeiro no amado... Talvez porque acredite que sua felicidade depende da felicidade do amado (mais um clichê); é provável que isso seja verdade. Eu penso agora que o amor não é tão altruísta assim, pois você só quer a felicidade do outro para poder alcançar a sua, logo isso é bem egoísta... Não sei, acho que não adianta questionar a idoneidade do amor... Apenas amemos... "O que é preciso ninguém precisa explicar" (Engenheiros do Hawaii).
Crédito da imagem: "Love" de Original_Marshmallow no deviantart.com.