E eu aqui, pensando ser inédito, quem dera fosse! Nunca se é, sempre se tenta, mas é impossível. Todos nós pensamos coisas que parecem ser só nossas mas não são. O que pensamos é pensado por muitos exemplares de seres humanos... tudo isso porque somos uma coisa só, separados por diferenças mas iguais acima de tudo. Iguais na diferença (que clichê isso!)...
Falamos igual sobre angústias, sobre alegrias, sobre amor. Eu falo sobre amor. E amo, e choro, e me angustio, e quero me livrar disso tudo, e quero amar para sempre... O sentimento que mais nos prova que realmente estamos vivos (?)... Uma vez li um livro de introdução à Filosofia e em certo capítulo o autor questionava a real existência da realidade que nos cerca; dizia que tudo que vemos, sentimos, pode ser uma criação de nossa mente. O que existe realmente é só eu e todo o resto é pensamento, criação de mim mesmo. Talvez seja, quem pode me provar de verdade que não é isso? Estou sendo egoísta em dizer que só eu existo? Talvez acreditar nisso me dê mais coragem para não levar a vida tão a sério, para não achar que eu deva me portar de forma mais contida, de forma mais conveniente...
Então, por quê o amor? Por quê eu, afirmando minha existência solitária, criaria coisas para amar? O amor é altruísta demais: o amante pensa primeiro no amado... Talvez porque acredite que sua felicidade depende da felicidade do amado (mais um clichê); é provável que isso seja verdade. Eu penso agora que o amor não é tão altruísta assim, pois você só quer a felicidade do outro para poder alcançar a sua, logo isso é bem egoísta... Não sei, acho que não adianta questionar a idoneidade do amor... Apenas amemos... "O que é preciso ninguém precisa explicar" (Engenheiros do Hawaii).
Crédito da imagem: "Love" de Original_Marshmallow no deviantart.com.
6 comentários:
DE FATO NADA NOS PERTENCE INEDITAMENTE E SIM AO NOSSO GRUPO IDEOLÓGICO! PARABÉNS PERFEITO TEXTO!
ADOREI!
ISSO AI É FILOSOFIA DA LINGUAGEM PURA!!!!!!!!!!!!!!!!! RSRSRSRS
"dizia que tudo que vemos, sentimos, pode ser uma criação de nossa mente. O que existe realmente é só eu e todo o resto é pensamento, criação de mim mesmo."
Deu um medo agora! =X
Quanto ao amor.. Concordo que quando queremos a felicidade do outro queremos na verdade a nossa felicidade... Da mesma forma quando vemos alguém passando fome lá do outro lado do mundo e temos vontade de ajudar...é na verdade a vontade de fazer com que a dor que sentimos naquele momento por aquela situação passe.. O bom é que egoismo e altruísmo se misturam.. u.u
Já disse que você escreve bem?! :)
Rima
"Aonde quer que eu vá,eu descubro que um poeta esteve lá antes de mim."(Sigmund Freud)
Rima, again!
Clichês egoístas são os mais frequente e inevitavelmente usados. Ótimos texto :)
Pensar diferente sempre nos torna iguais. O que nos faz querer ser mais diferentes ainda. rs.
Esse blog me inspirou... Obrigada, então!
Agora te sigo. =D
Discordo completamente sobre serem os seres humanos iguais ou sermos incapazes de originalidade... O fato de eu pensar a mesma coisa que outro não significa que pensamos igual, pois cada um é formado de forma única e assim o ponto de vista sobre o qual pensamos será sempre privativo e impossível de ser copiado. Quando eu penso azul, um daltônico pensa azul; só que para mim seu pensamento será verde e vice-versa e nós não perceberemos isso pelo simples convier. Ao amor ainda dou o título de altruísmo por acreditar que o homem é capaz de ser altruísta e não achar que o simples fato de alguém gostar de fazer "boas ações" o torna mais egoísta ao relizar-las. Gostei do seu texto, sobretudo sua relação com o título. Até a próxima madrugada insone!
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